Vida acelerada e o excesso de informação


por Dado Salem

                                                                                                  ilustração: Maria Eugênia
                                                                                 
"Estou tão acelerada que começo uma conversa ao telefone e depois logo quero desligar e focar em outra coisa". "Faltam horas no meu dia. Estou sobrecarregado, e com as mudanças acontecendo na empresa, as coisas estão piorando". "Recebo e-mails demais, não dou conta de responder". 

Lembra quando não existia celular, email, sms, facebook e smartphones? Não faz muito tempo. Saíamos para almoçar com tranquilidade, conversavamos sem interrupções, depois voltavamos caminhando lentamente para o trabalho para resolver as coisas que faltavam. As 18:00hs já estavamos indo para casa. Essa vida acabou, pelo menos nas metrópoles.

Ninguém mais anda devagar nos grandes centros. Todos se movimentam o mais rápido possível para dar conta do que fazer. O psicólogo Robert Levine conta em Geography of Time que conduziu uma pesquisa em 31 países para medir a velocidade das pessoas caminhando nas ruas. Nos últimos anos a velocidade média subiu de 4,78 km/h para 5,26 km/h. Segundo ele, é prova inequívoca de que o ritmo de vida está acelerando.

O que há por trás da compra compulsiva

por Dado Salem



''Consigo ficar alguns dias sem entrar em lojas e visitar sites de produtos na internet, mas depois disso a ansiedade aumenta e preciso comprar alguma coisa. [...] Quando chego em casa e vejo um pacote na entrada junto com as cartas, é como se estivesse recebendo um presente". Confissão de um comprador compulsivo.

Todos compramos por algum motivo, mas cerca de 7% das pessoas não conseguem controlar o desejo de comprar e gastam dinheiro com intuito de aliviar a ansiedade. Homens tendem a adquirir coisas mais caras, geralmente equipamentos tecnológicos. Mulheres compram coisas mais baratas, na maioria roupas, acessórios e produtos de beleza.

De onde vem a compra compulsiva? Aqui vão algumas hipóteses:


Introvertidos e extrovertidos: o inferno são os outros

A palavra diferente vem do latim differo, que por sua vez é a união de Dis (Plutão, deus do inferno) e fero (trazer, mostrar, levar diante de si, suportar, tolerar). Da mesma raiz temos as palavras difícil e difamar.  Na nossa cultura, o diferente é aquele que veio para infernizar, fazer as coisas mais difíceis e que muitas vezes precisamos suportar. Mas é no encontro dos opostos, como o dia e a noite, que acontecem as auroras e crepúsculos...



                                               Ilustração: Maria Eugênia

O declínio e a elevação

Jane Fonda é um exemplo de transformação. Ela que foi símbolo do culto ao corpo, percebeu que a vida vai muito além do aspecto físico, representado pela forma de um arco, no qual vivemos um crescimento, seguido de um declínio até a morte. Ela enxergou que atingindo a maturidade uma escada se apresenta como uma possibilidade infinita de evolução. (assista)