A semana de 4 dias úteis




por Lynne Peeples
Scientific American
Traduzido por Dado Salem


No momento em que empresas e governos se empenham em cortar despesas, um tipo de corte, que agrada os trabalhadores, começa a chamar atenção – a semana de 4 dias úteis.

Um final de semana prolongado, sem decréscimo nas horas trabalhadas, pode não apenas economizar dinheiro, mas também aliviar a pressão sobre o ambiente, a saúde pública e melhorar o bem estar geral, dizem os defensores da idéia. Vários estados, cidades e empresas nos Estados Unidos estão considerando a idéia ou já a implementaram como teste.

Oração ao novo carioca

O Rio de Janeiro viveu um longo processo de decadência, pautado principalmente pela grave crise sócio econômica que afligiu o país. Ao longo desse tempo, muros foram construídos, grades e câmeras instaladas e muitos cariocas abandonaram a cidade. Os que resistiram foram aprendendo a conviver com as diferenças, até que, recentemente, começou a surgir um novo carioca...

por Antonia Pellegrino
Revista Serafina
2012
visto no bRog raulmourao.com





O novo carioca é uma ideia, um desejo, um conceito criado pelo geógrafo Jailson de Souza para falar dos "riodejaneirenses" que estão reinventando a cidade. O próprio Jailson é um deles - nascido no Complexo da Maré, hoje morador do Flamengo, é doutor em sociologia da educação e fundador da ONG Observatório de Favelas.

Também é criador do Galpão Bela Maré, espaço de exibição de artes visuais em plena avenida Brasil, que teve sua primeira mostra, "Travessias", realizada no final de 2011. Como Jailson, o novo carioca se caracteriza pela mobilidade.

O novo carioca nasce como antítese ao carioca clássico, aquele sujeito dominado pela nostalgia dos anos dourados que, nas palavras do geógrafo, "viu as favelas e seus moradores como o problema da cidade e se fechou em territórios restritos, perdendo a capacidade de circular física e socialmente".

O novo carioca se tornará maioria, grita o otimismo de Jailson, pois neste ir e vir sem medo, de peito aberto, com a mão estendida para a amizade e o olhar curioso diante do outro, criam-se novas possibilidades de aprendizado e trocas mais interessantes, ousadas e divertidas do que as dos clássicos.

Pensando como Sherlock Holmes


No livro “O vale do medo” Sherlock Holmes desvenda um assassinato sem sair da cena do crime, enquanto outros detetives da Scotland Yard vão de vilarejo em vilarejo atrás de pistas. Apesar de parecer lento, perto dos colegas que se movimentam com grande agilidade, Sherlock surge frequentemente muito a frente dos outros detetives.

A técnica utilizada por Sherlock em seu famoso pensamento dedutivo é a da concentração. Quando fica parado exalando uma fina fumaça de seu cachimbo curvo, ele se coloca numa frequência mental muito próxima dos estados meditativos, centrando sua a atenção num único elemento.

Costumamos hoje mudar rapidamente o foco entre diversas atividades dando a impressão de eficiência. Mas o que acontece na realidade é que sacrificamos a qualidade da atenção, agindo como aqueles detetives que correm de lado para o outro sem muita eficácia.

Pesquisas feitas em 2012 demonstraram que exercícios de meditação ajudam a lidar com a complexidade da vida cotidiana e, além disso, indivíduos que passaram por esse tipo de treinamento reportaram sentir menos emoções negativas.