Março 2020
Podemos usar esse tempo para fazer um balanço e nos permitir imaginar uma vida prazerosa e desejada. Porém, na hora de sair do mundo das idéias e pensar na execução, imediatamente surgirão múltiplos obstáculos: financeiros, culturais, familiares, físicos, sociais, psicológicos, políticos, emocionais, etc.
Quando a vida retomar, se não mudarmos algo dentro de nós, teremos de volta os problemas que sempre nos impediram realizar aquilo que sonhamos e mais alguns que estão sendo colocados no nosso caminho agora.
No entanto, se observarmos a natureza como fizeram os Estóicos e os Taoistas, aprenderemos com a água que os obstáculos estão aí para serem contornados. Ela corre morro abaixo sempre encontrando uma maneira de seguir seu caminho.
Não temos controle sobre o que nos acontece, mas podemos controlar a forma como respondemos aos fatos. Os Estóicos tinham uma máxima chamada Amor Fati, ame os fatos, ame a realidade. Ela está aí. Não adianta ficar reclamando, colocando a culpa em alguém ou se sentir incapaz de realizar o que deseja. Temos a tendência natural a ficar paralizados ou desistir diante de monstros que são os obstáculos. O obstáculo não está no caminho, ele é o caminho! A pergunta é, como vamos fazer para superá-lo?
Pois bem, se olharmos para os obstáculos com olhos mais simpáticos, com “amor” a eles, parecido com quem recebe uma charada e se diverte quebrando a cabeça pra resolver, damos um passo importante. Mudamos a forma de ver as coisas e assim afinamos a nossa Mente.
O segundo passo é se colocar em movimento. Trabalhar, estudar, conversar com pessoas que tenham alguma informação importante que ajude, procurar orientação, ou seja, se empenhar de verdade a solucionar o problema. Testar hipóteses e alternativas sem medo de errar, usando o erro como aprendizado, tentando de várias formas diferentes até a coisa funcionar. O importante aqui é a ação, assim ajustamos o nosso Corpo.
Resta finalmente ajustar o Coração pois ele é uma espécie de guia que nos aponta o caminho. Todo ser tende, conscientemente ou não, a realizar sua natureza particular. Assim como a semente que contém todo o potencial de uma árvore, somos destinados ao nosso próprio desenvolvimento.
Nossos sentimentos, culturalmente atribuídos ao coração, funcionam como uma bússola nessa direção, apesar da civilização dominante nos influenciar a valorizar falsos modelos de sucesso, poder, riquezas, glamour e outras coisas que mais atrapalham que ajudam esse processo. Talvez a função coletiva dessa Pandemia seja revermos esses valores e começarmos a olhar para aquilo que realmente importa, que nos inspira e que faz nossa vida ter sentido. O que toca nosso coração.
Que lindo!
ResponderExcluirArgumentos muito bem colocados para falar sobre como a pandemia pode nos afetar. Tambem acho relevante a reflexao de como ela vai nos transformar, não podemos deixar escapar esta grande oportunidade
ResponderExcluirQuerida Rosana, ave da Mata Atlântica... saudades de vocês, e do Rio Cristina. Bjs
ExcluirOi Dado agora eu por aqui sempre lendo e apreciando!
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